Na Bola E Pela Resenha: Uma Tarde De Basquete Feminino Em São Bernardo

10 Feb 2018 17:37
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is?7ZyhPTo64XaqHkRDArTDC3dW6G_SiRpY54qD-bYIahA&height=200 São Bernardo do Campo, 0h22 de uma terça-feira. A carioca Thayná, vinte e dois anos, pega o smartphone e explana na web a tristeza do instante: "Preguiça de erguer e fazer pipoca". A poucos metros dali, em outro apartamento, a paulista Lays, 19 anos, rebate na hora com um "Eu quero". Quinze minutos depois, a confirmação de que a fome ganhou a moleza: "Saiu, vem comer".Tirando Julia, que acaba de fazer 30 anos, e Thayná, que acaba de fazer vinte e dois, ninguém tem mais de 20. Toda gente com idade para ser neta de Marcio Bellicieri. Aos sessenta e cinco, o técnico comanda a equipe que começou o campeonato com duas derrotas, contudo agora venceu duas seguidas e, às 20h desta segunda-feira, recebe o invicto Blumenau. Estes óculos são do vô? Lays, apontando pra uma mesa à beira da quadra no ginásio Ubaldo Lago, que fica no Crec Baetinha, um complexo esportivo da Prefeitura aberto à população de São Bernardo. O papo rolou pela quarta-feira da última semana, e as estatísticas são meio imprecisas: 28 minutos de duração e uma média de trinta e sete risadas para cada uma. O máximo que as três conseguiram permanecer importantes ao mesmo tempo foi 1min26 - recorde absoluto para um trio que não economiza gargalhada.A descontração também invade o treino puxado, de quase três horas. Nas duas primeiras, Lays é a mais animada, ri o tempo todo, zoa todo mundo. Contudo também lidera. Orienta as companheiras, explica os exercícios, discute as jogadas, dialoga com Marcio e com a assistente Edneia Fernandes. Trabalha feito gente amplo.Estamos jogando contra moças mais velhas, pegamos experiência, entretanto inclusive até quando sejamos um time novo, não tem essa. Pela fração final do treinamento, uma substituição que ninguém imaginava: sai a alegria, entra um baita susto. Pela luta de um rebote, Thayná pisa no pé da pivô Lorena e torce o tornozelo correto. Ferrou. O choro da ala, caída no chão, diminui o silêncio nervoso que preenche o ginásio. É tipo um pesadelo.É a gaúcha Soso que carrega a amiga no colo até o banco, e entra em ação a fisioterapeuta Ariane Lopes. Quem mais absorve a bronca é Lays, que fecha a cara e, enfezada, passa a repartir uns passes incríveis pela última meia hora de treino. Na beira da quadra, o milagre de Ariane se materializa em poucos minutos.Não é 4G e nem sequer tem TvMatheus citou: 31/01/12 ás 17:2179 vinte e cinco "O Encantador de Zumbis" vinte e um de outubro de 201509 "A Nova Babá" vince e seis de julho de 2009Representantes do governo estadual e municipalDaniel jesus da silva falou: 01/02/doze ás vinte:37No banheiroTira tênis, tira meia, mexe o pé pra cá, mexe o pé pra lá, e pronto. O choro de Thayná seca, o sorriso volta, não era nada crítico. Isopor de gelo, botinha de esparadrapo, e a preparadora física Thaís Monteiro já sabia que a ala jogaria contra Ituano, dois dias depois.De fato jogou. Foi mal nos arremessos, com quatro/dezenove, entretanto deixou 11 pontos, 10 rebotes e 3 assistências na vitória fora da moradia. Quem vê os bons números, as passadas largas e a facilidade para realizar bandejas com braços gigantes não imagina como foi o último ano de Thayná no Rio de Janeiro. Ela saiu da Mangueira em 2016 e ficou 2017 inteiro afastada do basquete profissional.

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